sábado, 23 de outubro de 2010

Além do longe

Desejo fugir

Almejo o sumiço

.


Não para tão tão distante

Que é o caminho

Da ilusão

E o momento da queda

No chão

De realidade (maturidade?)

É dolorido demais


.

Pasárgada... talvez?

Mas preciso ser

Apresentada ao rei

Para ter o homem (ou mulher?)

Que quero

Na cama? Não!...

Na relva que escolherei.

.


É tudo piegas!

.


E, por fim,

Não escolho tão tão distante

Muito menos Pasárgada...

Mas, o mar...

.


O Mar de Ismália!

.


Deixa-me enlouquecer

Aos poucos

Na torre que é dela

No toque, que é dela

No tom de voz inexistente, que é dela

.


Choremos juntas!

.


E, abraçadas, num beijo

Sensualmente fatal

Nossos corpos descem

Em queda conjunta, libérrima

Ao escuro mar noturno

Mergulho do qual

Emergem, apenas,

Dois anjos,

Estranhos.

Loucos.

Absurdos.

Livres... de tudo... e todos...

2 comentários:

  1. Muito forte Paula!!! A cada dia vc escreve melhor!

    BjsS

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  2. Muito obrigada! Adorei a sua visita. Continue acompanhando as atualizações. Abraço.

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