Desejo fugir
Almejo o sumiço
Não para tão tão distante
Que é o caminho
Da ilusão
E o momento da queda
No chão
De realidade (maturidade?)
É dolorido demais
Pasárgada... talvez?
Mas preciso ser
Apresentada ao rei
Para ter o homem (ou mulher?)
Que quero
Na cama? Não!...
Na relva que escolherei.
É tudo piegas!
E, por fim,
Não escolho tão tão distante
Muito menos Pasárgada...
Mas, o mar...
O Mar de Ismália!
Deixa-me enlouquecer
Aos poucos
Na torre que é dela
No toque, que é dela
No tom de voz inexistente, que é dela
Choremos juntas!
E, abraçadas, num beijo
Sensualmente fatal
Nossos corpos descem
Em queda conjunta, libérrima
Ao escuro mar noturno
Mergulho do qual
Emergem, apenas,
Dois anjos,
Estranhos.
Loucos.
Absurdos.
Livres... de tudo... e todos...