Falando dos podres
E dos mal interpretados
E dos decididamente devassos
E dos que bebem e não adoecem
E dos que se vingam sem perceber
E dos destruidores de sonhos cor-de-rosa.
.
Aqueles seres com terra nas unhas dos pés
E vincos definidos entre as sobrancelhas
Homens que, de Deuses, nada têm
Senão a dignidade de não lisonjear a morte
De sequer gastar suas vozes
Puxando o saco do paraíso de anjos louros
E olhos cínicos.
.
Seres simples, feitos de terra batida
Que aceitam que o corpo perece
E isto não é, senão
Tão natural como o surgimento do chorume
E a resignação de quem
Do paradeiro das almas
De seus afetos e desafetos
Nada sabem
E continuam a se erguer da cama
Pra pegar o trem...
terça-feira, 27 de março de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Última vez
Sem previsão,
Porém pressente-se
O último olhar
O último beijo
O último toque
O último afago
O último abraço
.
Sem saber,
Cede lugar
A última palavra
A última mágoa
A última ofensa
A última discussão
A última lágrima
.
E, aos poucos, tudo cessa
O último amor
A primeira solidão.
Porém pressente-se
O último olhar
O último beijo
O último toque
O último afago
O último abraço
.
Sem saber,
Cede lugar
A última palavra
A última mágoa
A última ofensa
A última discussão
A última lágrima
.
E, aos poucos, tudo cessa
O último amor
A primeira solidão.
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