quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Saudades estranhas

Sinto saudades...
Dos poemas que nunca escrevi
E dos homens por quem não morri.

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Sinto saudades...
Dos banhos de chuva recuados
E, por desejo, não ter chorado.

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Sinto saudades...
Do vento, que o meu rosto, jamais tocou
E dos discos, que o tempo escasso, silenciou.

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Sinto saudades...
Dos lugares que evitei visitar
E de palavras não ditas, sem brilho e ar.

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Sinto saudades...
Dos ideais que se ficaram por cumprir
E do último olhar d’alguém especial que não vi partir.

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Sinto saudades
Saudades estranhas...
Saudades entranhas...

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Sinto saudades...
Da vida, não da existência!
Da tua companhia, não da carência!

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